São Paulo, Brazil
Sou jornalista, pós-graduada em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte. São-paulina. Apaixonada por Futebol e pela profissão dos Goleiros.

segunda-feira, maio 31, 2010

As regras do jogo




Apesar de não ter surgido no Brasil, o futebol foi o esporte mais bem acolhido pelos brasileiros. Mas, hoje, quem vê em todos os cantos do país, um grupo de amigos jogando nos campos de várzea ou mesmo em quadras, não imagina como esse esporte era para poucos.



Quando o futebol foi trazido ao Brasil, nem todos podiam jogar, era um esporte da elite. Negros, mulatos, pessoas de classes mais baixa, eram todos vetados no campo. No começo, o esporte era amador, os meninos ricos se apaixonaram pelo novo passatempo vindo da Europa e jogavam por gosto, sem receber, além do mais, não precisavam de dinheiro.



Depois de um tempo, novos apaixonados começaram a praticar o esporte, muitos jogavam bem, mas não conseguiam fazer parte dos times, a elite tomava conta dos poucos times existentes e não permitia a popularização do futebol.



Assim começaram algumas rivalidades, alguns à favor do futebol para todos, sem racismo ou qualquer outra discriminação; do outro lado, a elite brasileira que defendia sua exclusividade.



Lembraria o inesquecível Vasco de 1923, dos poucos times que não se intimidavam com as pressões, foi Campeão Carioca tendo em seu time negros, mulatos e analfabetos. A conquista ficou na memória e “inexplicavelmente”, o Vasco ficou 2 anos afastado dos campeonatos.



Aliás, o clube cruzmaltino foi afastado pela Associação Paulista de Esportes Amadores (Apea), esta, criada para continuar com o futebol amador, mas os esforços para impedir as classes mais humildes de participarem das competições estavam com os dias contados. Com alguns times formados, começaram as rivalidades e os torcedores pediam os melhores jogadores, independente de quem eles eram.

Durante um tempo, o que se via eram gratificações, os jogadores que se destacavam recebiam dinheiro ou algo material. Esse incentivo passou a fazer parte do esporte, o que não impediu de continuar o amadorismo. Mas afinal, como deter a elite?

Na Europa, a profissionalização já existia e, logo, os brasileiros souberam. Com excelentes jogadores não aproveitados aqui, o Brasil começou a perder seus craques. Os atletas perceberam que podiam viver da “profissão” jogador de futebol e não demoraram muito para irem jogar no futebol europeu.

Sem muita alternativa, o Brasil precisou enfrentar quem era contra. A elite tentou evitar, tentou de novo e de novo. Sem efeito, a profissionalização aconteceu. Logo, esse esporte passou a ser de todos e a elite abriu mão do futebol. Mas na afobação de mudar o amadorismo para o profissional, o Brasil deixou muitos erros que só foram corrigidos depois.



O principal foi a organização. Apesar de excelentes jogadores, os brasileiros viram nossa seleção perder em pleno Maracanã a Copa de 50 e ser desclassificado em 54. A falta de organização e planejamento não lhes permitiam bons resultados.

Do outro lado, ainda haviam as dificuldades dos atletas, apesar de serem profissionais, não tinham carteira assinada e nem benefícios, a regulamentação dos profissionais do futebol só iria acontecer em 1976.

Seria esse o ideal de profissionalização? Até quando vamos ver os clubes decidindo como querem?

Ainda arriscaria a dizer, sem medo de errar que mesmo hoje, ainda não há um futebol integralmente profissional. Muito também, pelos jovens atletas que jogam desde muito novos mas só se profissionalizam com seus 18 anos, passando, às vezes, 4 anos como atleta em formação e mais de 10 anos num “treino” constante, porém, sem poder ter vínculo com clubes.

Além do mais, uma das “profissões” mais cobradas, dirigente de futebol, não existe de fato, pois são pessoas que colaboram com o clube e não tem pagamento. Os dirigentes, passam boa parte de seu tempo se dedicando ao clube, trabalham por paixão ao futebol, mas não são profissionais, apenas colaboram com o clube.

Nesse conflito constante de interesses financeiros e sociais, sobra sempre para os técnicos e jogadores, que pouco podem fazer para mudar os erros que ainda temos no futebol profissional. Os torcedores cobram dos atletas, mas até que ponto eles são responsáveis pelo resultado sem o planejamento?

Os profissionais do futebol são descartáveis. O técnico que não faz do time um campeão, cai em poucas derrotas, muitas vezes sem tempo para planejar e fazer seu trabalho. Os atletas um dia estão em São Paulo, no outro dia no Rio de Janeiro e no outro na Europa, muitos com grande capacidade e talento, mas acabam não conseguindo seu espaço.

Os clubes, principalmente no Brasil, não conseguem manter os melhores jogadores no país. Em busca, geralmente, de melhor remuneração, os craques deixam nosso país e se aventuram pelo mundo. Talvez por terem uma organização mais atrativa, fato é que, a carreira profissional no exterior é muito mais vantajosa.


Jogadores. Torcedores. Paixão. O Brasil virou sinônimo de futebol, mas não podemos esquecer que o Brasil também é visto como o país sem leis, onde tudo pode ser feito, país subdesenvolvido, atrasado.

Seleção pentacampeã? Sim, mas com a maioria dos nossos craques fora de nosso país. Será que não falta conseguirmos segurá-los aqui e vermos de perto tantos espetáculos que fazem a alegria dos europeus?




Foto Original: VisualParadox.com

sexta-feira, maio 28, 2010

Esquema Tático do Clássico

Pra quem esperava um clássico com muitos gols, uma decepção, o jogo da rodada que prometia um espetáculo, deixou a desejar.

O Palmeiras entrou em campo com o 4-4-2, enquanto que o São Paulo, manteve o 3-5-2. Num jogo sem muitas chances de gol, os times ainda enfrentaram lesões dos atletas, Cleiton Xavier pelo Palmeiras e Marlos pelo São Paulo, fazendo o tricolor jogar no esquema 3-4-3.

Logo, o Tricolor abrir o placar com Fernandão, o time recuou e o Palestra tentou reagir, mas sem efeito. O Palmeiras ainda teve um pênalti a favor, mas Ceni defendeu.


Quase terminando o jogo, o Palmeiras ainda contou com a ajuda de Marcos, mas, dessa vez, no ataque. O goleiro palmeirense tentou ajudar sua equipe, mas não houve mais tempo.

Duelo dos Goleiros-Torcedores

Duelo maior que o clássico em si, em campo, os maiores jogadores-torcedores, os goleiros Marcos e Ceni. Como não poderia deixar de ser, mais uma vez mostraram a raça e a vontade de defender seus times.

Marcos, além de suas defesas, se aventurou na pequena área do goleiro são-paulino, no finalzinho da partida, tentando, pelo menos, um empate.


Do outro lado, Rogério Ceni, o goleiro conhecido por seus gols, dessa vez fez o ataque palmeirense parar até mesmo em uma cobrança de pênalti.


Os dois ídolos de suas torcidas, me arriscaria a dizer, foram os únicos responsáveis pela alegria de seus torcedores. Mesmo para os palmeirenses, com a derrota no placar, mas a certeza de que eles ainda têm jogadores apaixonados pelo seu manto.

quarta-feira, maio 26, 2010

A Dinamarca dentre os grandes




O goleiro Peter Schmeichel teve seus anos de glória na década de 1990 quando atuava no Manchester United. O clube, que vinha de mais de 20 anos de decadência, se tornaria a partir daí um grande destaque.

Peter, depois de 9 anos no Manchester United, ainda viria a jogar no rival Manchester City por 1 ano, conseguindo o feito de jamais ser derrotado nos confrontos de Manchester.


Defendeu também o Aston Villa, onde deixou o recorde de não levar gols em 42% dos jogos da liga inglesa.


Além disso, leva a marca de ter feito 10 gols em sua carreira.


Entre os maiores jogadores de futebol da Dinamarca, foi lembrado, em 2004, por Pelé que fez uma lista com 125 nomes dos maiores futebolistas ainda vivos.

segunda-feira, maio 24, 2010

Uma vez Campeão, sempre Campeão



Football Club Internazionale Milano, ou simplesmente Inter de Milão, atual campeão na Liga dos Campeões da Europa. Aliás, o clube italiano é um históricamente vitorioso, desde sua fundação, sempre disputou a Série A, apesar de quase ter sido rebaixada em 1922, salva pela FIGC ( Federação Italiana de Futebol).


O clube foi fundado por italianos e suíços descontentes com o Milan Cricket and Football Club, uma vez que nesse era dominado pelos italianos. Assim, o Inter passou a ser aberto aos jogadores estrangeiros.


Nos anos 90, a Inter passou por algumas dificuldades, em 93-94, a equipe ficou há apenas 1 ponto do rebaixamento, porém, teve suas glorias alcançadas com três títulos na Copa UEFA, na década de 90.


Sua grande virada viria após 2004, a Inter conquistou a Copa Itália e a SuperCopa em 2005 ( título que não conquistava desde 89), depois, a Série A 2005-06 (ficou em 3º lugar, mas as duas primeiras colocadas Juventus e Milan tiveram pontos descontados por envolvimento nos escândalos de manipulação de resultados, que fizeram a Inter passar para 1º lugar), em 2006, conquistou novamente a Copa da Itália. E ainda teve seu jogador, Marco Materazzi, como campeão da Copa do Mundo de 2006.


Guarda em sua memória, 18 títulos pela Série A, e 28 troféus conquistados na Itália. Além disso, conta com suas conquistas de torneios europeus e mundiais: a Liga dos Campeões de 1963-64, 1964-65 e 2009-10; Copa UEFA em 1990-91, 1996-97 e 1997-98; e a extinta Copa Intercontinental em 1964 e em 1965.


Clube de muitas glórias que acaba de somar mais uma conquista.

sexta-feira, maio 21, 2010

Classificado por um triz

Em campo, os brasileiros do Internacional com a vantagem. Do outro lado, a rivalidade argentina com o Estudiantes de La Plata.


Apesar da vantagem, num Brasil X Argentina, o resultado se faz em campo. O Internacional veio num esquema tático 3-6-1 e se surpreendeu com os argentinos que, ainda no primeiro tempo, desfizeram a vantagem do Colorado. Com 2X0, a desclassificação dos brasileiros já era esperada. Mas, o meia Giuliano, aos 43min do segundo tempo, depois de um belo passe de Andrezinho, aproveitou a saída do goleiro argentino e deu a classificação ao Colorado.




3-6-1 e o Goleiro


Nesse esquema tático, o técnico escala 3 zagueiros; “polui” o meio campo com 6 jogadores (o que ajuda na marcação, mas ao mesmo tempo facilita no ataque), se tem 2 volantes, 2 meias e 2 laterais, assim quando precisam atacar, os laterais e os meias conseguem avançar junto com o jogador de frente, enquanto os volantes ficam pelo meio de campo ajudando caso aja um contra-ataque, e quando precisam na defesa, os laterais e os volantes voltam para ajudar os zagueiros, deixando três jogadores (meias e o jogador de frente) livres para contra-ataque.


Nessa mobilidade, o time consegue fechar a defesa, apesar de no jogo em questão tenham encontrado dificuldades de marcação, o que facilitaria e ofereceria menos perigo para o goleiro.

quarta-feira, maio 19, 2010

O Melhor do Século

Passam os dias. Passam as semanas. Passam os meses. Passam os anos. As façanhas de muitos de nossos ídolos acabam ficando para trás. Quantas pessoas devem se lembrar de Lev Yashin?
Talvez os russos se lembrem mais que os brasileiros. Mas esse goleiro soviético merece mais do que o reconhecimento só de seu país. Nascido de 22 de outubro de 1929, na antiga União Soviética, hoje Rússia, Yashin até hoje é considerado como o melhor goleiro da história do futebol.
Começou jogando hóquei no gelo, sempre como goleiro, pela equipe de uma fábrica de ferramentas onde trabalhava. Com seus 14 anos, decidiu ser goleiro de futebol. Em sua carreira profissional, ficou conhecido como Aranha Negra, pois usava um uniforme todo preto. A pequena área era pouco para seu talento, e, assim como o goleiro búlgaro Apostol Sokolov, passou a ser uma espécie de líbero, contando cruzamentos altos, tomando as bolas que estavam nos pés dos atacantes e bloqueando os ângulos, sempre mais avançado que a sua área.


Com 42 anos, Lev Yashin se aposentou como goleiro e começou a treinar equipes juvenis e atuar como professor de educação física. Porém, no final de sua vida, passou por muitos problemas de saúde, em 1984, por causa de um problema circulatório, teve uma de suas pernas amputada. Em 1986, sofreu um acidente vascular cerebral e faleceu em 1990por causa de um câncer no estômago.



Estatísticas

  • 812 jogos na carreira

  • 326 jogos pelo Dínamo de Moscou na liga soviética

  • 78 jogos pela seleção nacional soviética

  • 150 pênaltis defendidos




Prêmios e Homenagens

  • Melhor jogador da Europa em 1963 - Prêmio Ballon d'or (até hoje foi o único goleiro a ganhar tal honraria)

  • Em 1968 foi condecorado com a Ordem de Lenin por sua vitoriosa carreira de grande esportista soviético.

  • Lev Yashin é considerado como o melhor goleiro da história das Copas do Mundo. Por isso o troféu da FIFA dado ao melhor goleiro do campeonato, que foi entregue pela primeira vez em 1994, leva o seu nome em reconhecimento a seu magnífico trabalho.

  • Em 27 de dezembro de 1999 foi eleito como o melhor esportista russo do século XX, pelos jornalistas esportivos do seu país.

  • Em 1998, foi eleito o goleiro da Seleção de Futebol do Século XX.

  • Em 2004, foi eleito o melhor jogador russo dos 50 anos da UEFA, nos Prêmios do Jubileu da entidade.


Títulos
  • Campeonato Soviético (1954, 1955, 1957, 1959 e 1963)

  • Copa da URSS (1953, 1967 e 1970)

  • Medalha de Ouro nas Olimpíadas de 1956

  • Eurocopa 1960


Estatística, Prêmios e Homenagens, Títulos: extraídos do wikipédia.

segunda-feira, maio 17, 2010

Clube Formador: Vilão ou Mocinho?

Um grupo de amigos de um lado, e outro grupo do outro. Um campo improvisado. Uma bola no pé. Um sonho antigo: ser jogador de futebol. Uma meta alta: jogar no exterior. Quem nunca sonhou em vestir a camisa de seu time do coração ou mesmo disputar uma Copa?


Um sonho antigo de qualquer garoto, hoje se mistura com uma nova esperança dos jovens craques, jogar futebol na Europa. A esperança de uma vida melhor e o glamour dos jogadores consagrados, alimentam o sonho dos novos atletas.


Mas afinal, como funciona esse mercado de craques adolescentes?


Pela Lei 9615/98, os contratos precisam ser feitos por escrito e devem ter o valor do salário e da rescisão, sendo, a partir de então, um atleta profissional. O contrato tem validade de 3 meses até 5 anos. Geralmente feito para 3 anos, e podendo prorrogar por mais 2 anos. O atleta que não possui esse contrato, consequentemente, não está registrado no clube e, portanto, não podem disputar jogos oficiais profissionais.


Em meio aos direitos dos atletas e do clube, o que mais chama a atenção, são os valores pagos pela rescisão do contrato. Se o atleta decide deixar o clube, ele paga 100 vezes o valor do salário, por outro lado, se o clube desiste do contrato, pagaria apenas pelo salário até o prazo final do contrato. Valores extremamente desproporcionais e com claro favorecimento ao clube.


Seria esse o único benefício dos clubes?


A tentativa de fazer com que os atletas formados fiquem no clube, faz com que os clubes se munam de várias formas para conseguir mantê-los e evitar que, tão cedo, vão jogar no exterior. Com isso, assinar um contrato como jogador, não é uma tarefa fácil. Ainda muito jovens, os garotos têm oportunidade nos times de base, e acabam não conhecendo o mundo milionário do esporte que acabam de entrar.


A Lei Pelé, dá o direito do clube fazer dois tipos de contrato. Um seria com o atleta que tivesse a partir de 16 anos, sendo um contrato profissional. O segundo é conhecido como Contrato de Formação, este não é profissional, porém pode ser feito com atletas de 14 anos até menor de 20 anos. Apesar de não ser profissional do clube, o atleta recebe uma bolsa aprendizagem, porém, se quiser mudar de clube, deverá pagar indenização que varia conforme a idade, de 15 vezes até 20 vezes o valor anual da bolsa aprendizagem.


Assim, o atleta que assina o contrato de formação, segura o atleta até seus 18 anos, quando assina um contrato profissional por 3 anos, que poderá ser prorrogado por mais 2 anos. Quem ganha com isso? Os clubes.


Essa formação do atleta faz com que os jovens fiquem mais tempo no clube formador. E as únicas responsabilidades do clube é o pagamento da bolsa aprendizagem e mais cinco exigências: comprovar que utilizou o atleta em competições oficiais não profissionais; fornecer assistência médica, odontológica e psicológica, além de contratar seguro de vida e ajuda de custo para transporte; proporcionar instalações desportivas adequadas (alimentação, higiene, segurança e salubridade) e ter especialistas para formação técnico-desportiva; permitir que o atleta continue seus estudos, exigindo um bom aproveitamento escolar.


Porém, todos os esses custos com o atleta, pode ser paga pela Lei de Incentivos Fiscais do Desporto, ou seja, o clube não precisa tirar de seu caixa, os gastos da formação do atleta. Sua contribuição é apenas técnica, visto também, que muitos garotos, com seus 14 anos, já estão preparados, com qualidade prática, e demonstram isso quando se destacam nos campos de várzea. Vejo os times como uma fonte para lapidar e enquadrar, esses garotos, nas regras e técnicas do futebol, mas que não lhes dá o direito de impedir a liberdade dos jovens atletas.


Claro que temos o perigo do deslumbramento que a nova vida de craque proporciona aos meninos. Sem experiência de vida e, muitas vezes, com dificuldades financeiras, esses novos talentos do futebol, acabam sendo facilmente enganados e explorados. O que também devemos nos atentar para a questão dos clubes formadores, é que muitas vezes eles podem se aproveitar dessa fase e da imaturidade dos garotos para se beneficiarem.


Fato é que não podemos nos armar e prender um atleta, o que deveríamos fazer é fornecer aos pais ou responsável pela carreira do jovem jogador, as informações necessárias para que possam decidir, ficar no clube que o formou ou tentar a tão sonhada carreira no exterior.

sexta-feira, maio 14, 2010

Raposa ou Santo, quem avança?

Fichas apostadas. Chute inicial. Os brasileiros na Libertadores. Cruzeiro X São Paulo. O jogo prometia.


Logo no início do jogo, o Cruzeiro fez a defesa são-paulina trabalhar, com quase metade do primeiro tempo, o São Paulo começou a comandar o jogo. No lá e cá, o Tricolor abriu o placar, aos 23 minutos.


Sem se abater, o Cruzeiro foi pro ataque, tentou, tentou e tentou de novo, mas Ceni foi um dos nomes do jogo, fez grandes defesas e deixou o São Paulo na vantagem.


Apesar do sufoco que o Cruzeiro deu no ataque, o Tricolor, no segundo tempo, ainda viria o 2X0.




Visão da Pequena Área do São Paulo


Em campo, no esquema tático 5-4-1, Rogério Ceni, com sua excelente atuação no gol são-paulino, assistiu de camarote a estreia de Fernandão, viu do outro lado do campo, a tabela de Marlos e Fernandão, e a finalização de Dagoberto para abrir o placar, ainda no primeiro tempo.


E, no segundo tempo, mais um tabela de Fernandão, dessa vez com Dagoberto e o gol de Hernanes.


O tricolor jogou com os laterais avançados e Fernandão como centroavante, apesar de apenas um jogador na frente, Ricardo Gomes fez um time ofensivo, principalmente nos contra-ataques.


A defesa, com 5 jogadores, ajudaram a evitar o ataque da Raposa. Nos lances de perigo, Rogério fez sua parte e se sagrou grande responsável pela vitória Tricolor, nesse primeiro jogo.




Visão da Pequena Área do Cruzeiro


O goleiro do Cruzeiro, Fábio, apesar de todo entrosamento do time, viu a bola parar nos pés da defesa são-paulina.


Atuando no esquema 4-4-2, com uma linha de jogadores no meio-campo, o Cruzeiro não conseguia quebrar o bloqueio do 5-4-1, mesmo com as alterações do técnico Adilson Batista, os jogadores não encontraram muito espaço para o ataque.


Sem conseguir converter os poucos ataques em gols, Fábio ainda viu a defesa falhar e o Tricolor abrir a vantagem em pleno Mineirão.

quarta-feira, maio 12, 2010

Goleiro Camisa 8



Se a Seleção Holandesa se destacava pelo futebol inovador, maior destaque ainda, teria o camisa 8 da seleção.

Ficava o tempo todo assistindo de camarote a partida, com sua camisa amarela e sem luvas, o goleiro deixava de lado o número 1.

Jan Jongbloed jogava pelo Amsterdam Club, foi chamado, a princípio, para ser o terceiro goleiro, mas pouco antes da Copa começar, foi promovido à titular.

Durante toda a Copa de 74, o goleiro sofreu apenas 3 gols, porém não foi suficiente para a conquista da taça.


Jongbloed tinha problemas visuais, durante os jogos utilizava uma lente especial.

segunda-feira, maio 10, 2010

Laranja Mecânica: Uma revolução em campo


1974, em campo, com seu uniforme laranja, a Holanda. O mundo tentava descobrir seu esquema tático, alguns arriscavam em dizer que era o 4-3-3, mas, na verdade, os jogadores atuavam em todas as posições. Todos atacavam. Todos defendiam.

O time jogava em linha, se por um lado permitia as jogadas dos adversários, por outro, a velocidade da Laranja Mecânica bloqueava o ataque.

Mesmo com as seleções que encantaram com seu futebol-arte, a Laranja Mecânica foi única, inesquecível para quem viu e instigadora para os mais novos que são apaixonados por futebol.

Marcou não só a Copa de 74, mas sim a História do Futebol, mesmo que sem a conquista da taça.

sexta-feira, maio 07, 2010

O Rei Pentacampeão

Depois da derrota por 3x2 para o Náutico, num duelo de 4-3-3 (Náutico) e 3-5-2 (Sport). O técnico do Sport resolveu mudar, entrou em campo no segundo jogo, o Leão da Ilha no esquema 4-4-2, muito mais ofensivo do que no primeiro jogo. Com dois meias de articulação, o time conseguiu sagrar-se pela quinta vez consecutiva, campeão pernambucano.

Do outro lado, o Timbu com 4 atacantes, apesar de jogar pelo empate, deixou a defesa desprotegida e permitiu que o adversário fizesse o gol.


Goleiro Magrão (Sport)


No 1º jogo


Foi prejudicado pelo esquema já conhecido, os atacantes sabiam os pontos fracos do time.

A pressão do Náutico começou logo nos primeiros minutos do jogo, o goleiro do Sport conseguiu deter os 3 atacantes adversários até os 11 minutos.

Em especial no 2º e 3º gol, não teve como evitar, após falha da zaga do rubro-negra, os atacantes ficaram de cara pro gol.

No 2º jogo

Com bem menos trabalho que no primeiro jogo, o goleiro conseguiu segurar o Náutico.

A principal arma do alvirrubro eram os contra-ataques rápidos, mas a zaga do Sport, mais acertada que o outro jogo, evitava os perigos ao gol rubro-negro.

Goleiro Glédson (Náutico)

No 1º jogo

Logo no início do jogo, salvou a equipe da vantagem do rubro-negra, depois da zaga perder a bola, Ciro tentou abrir o placar, mas o goleiro mandou a bola pra escanteio.

Teve a infelicidade do 1ºgol, com um chute de fora da área que foi desviado após bater no zagueiro do náutico. Depois, viu uma jogada ensaiada virar o placar para 3x2, numa bola parada.

Glédson ainda conseguiu segurar a vantagem do alvirrubro, numa cabeçada e depois num chute de Leandrão.

No 2º jogo

Ao contrário do outro jogo, viu a pressão do ataque do Sport. Ainda no primeiro tempo, o único gol da partida, após um tiro certeiro de Ciro, o goleiro fez a defesa, mas deixou rebote para o atacante Leandrão.

quarta-feira, maio 05, 2010

Nos pênaltis surge um ídolo



Ano de Copa do Mundo, amigos e família reunidos nos dias de jogos. O evento mais brasileiro que existe. O verde e amarelo em campo. Os corações brasileiros palpitando forte. Gritos e comemorações a cada mudança de placar a nosso favor. Um ídolo se fez pelo contrário, evitando os gols dos adversários.

Cláudio André Mergen Taffarel, ou simplesmente Taffarel, nosso goleiro e salvador dos pênaltis. Quem não se lembra da Copa de 1994, o Tetra Brasileiro. Em campo, o maior ídolo goleiro que já tivemos.

Na final, Brasil X Itália, o jogo terminava em 0x0, e pela primeira vez, o campeão seria decidido nos pênaltis. Com 2x2 nos pênaltis, Taffarel para Massaro, jogador da Itália, logo depois Dunga faz o seu, e Baggio, da Itália, manda pra fora. O jordão “Vai que é tua Taffarel!” ressurgia.

Em 98, a Seleção encarou a disputa de pênaltis logo na semifinal, contra a Holanda, e mais uma vez, o goleiro deu um presente aos brasileiros. Defendeu 2 pênaltis e passou o Brasil para a final. Contra a França, o grito de Penta ficou engasgado.

No ano passado, Taffarel ficou em 10º lugar no ranking, feito pela Federação Internacional de História e Estatísticas, dos melhores goleiros da história do futebol, desde 1987. O melhor dentre os brasileiros.

segunda-feira, maio 03, 2010

3-5-2

Esquema tático com: 3 zagueiros, sendo que o zagueiro central atua recuado e os laterais atuam como alas, apoiando pelos extremos do campo; 5 jogadores no meio-campo, sendo 2 alas, 1 volante e 2 armadores e no ataque 2 jogadores perto da área.


3-5-2 superando o 4-4-2


Avaí X Joinville, final do estadual de Santa Catarina. O Avaí que venceu o primeiro jogo por 3x1, não se contentou e arrancou mais um 2x0 no jogo de volta. Sagrando-se Campeão Catarinense pela 15ª vez.

Em campo, com um esquema 3-5-2, mais ofensivo que seu rival Joinville que entrou com o esquema 4-4-2, o Avaí foi superior no jogo, mostrando sua força nos contra-ataques rápidos, já o vice-campeão, mostrou-se com boas jogadas vindas do lateral Eduardo pela esquerda, na pouco pressão que fizeram em campo.


Visão da Pequena Área


O goleiro Zé Carlos do Avaí:


No esquema 3-5-2, com um time mais ofensivo, o objetivo é ter o time no campo de ataca, o que faz o goleiro trabalhar menos. Salve exceções de contra-ataques, onde o time possivelmente estaria desarrumado na defesa, o que traria mais perigo para o goleiro.


O esquema foi feito para marcar o esquema 4-4-2, tendo 3 zagueiros e o rival 2 atacantes, o time tem garantia de um jogador a mais na defesa. Por outro lado, no meio de campo, os laterais agregam outras funções, jogando como alas, e trabalham tanto na defesa quanto no ataque do time

O goleiro Fabiano do Joinville:

No esquema 4-4-2, o time se fecha na defesa com 4 jogadores, porém com 4 jogadores no meio campo, o time consegue se mover facilmente para o ataque, onde tem os 2 atacantes adiantados.

O time, com o esquema 4-4-2, tem a possibilidade de mudanças do meio-campo ao ataque, variando o posicionamento dos jogadores, o esquema também é muito utilizado por facilitar a distribuição de tarefas.

domingo, maio 02, 2010

Esquecendo o passado e errando no presente


Um técnico e onze jogadores que encantam o mundo. Numa escalação que ninguém acreditava. A surpresa de um futebol-arte. Assim foi nossa seleção em 82 e 86, em especial a de 82, ambas no comando do Mestre Telê Santana. Amado, mas ao mesmo tempo tão odiado por suas escolhas de jogadores. E a história se repete com o atual técnico, Dunga.

Apesar das excelentes campanhas nas duas Copas do Mundo, e deixando o mundo inteiro cair aos pés de nossas atuações em campo, ficamos sem o tricampeonato. Alegria, talvez, dos críticos de Telê. Decepção dos amantes do futebol-arte.

Em 1982, o Brasil ainda era embalado pela música 'Voa Canarinho', gravada, em um compacto, pelo lateral Júnior. Vendendo por volta de 600 mil cópias, os brasileiros acompanhavam o show em campo e cantavam seu novo hino:

Voa, canarinho, voa

Mostra pra este povo que é rei

Voa, canarinho, voa

Mostra na Espanha o que eu já sei

Apesar dos espetáculos, a batalha dentro de campo é árdua, e a luta para ir à Copa é muito maior, ainda mais há quase 30 anos atrás. Quem diria quando foi criada, em 1930, muitas seleções não conseguiam participar devido as distâncias e gastos. Como os europeus que precisavam atravessar o Oceano para jogar, em viagens intermináveis em navios, desistiram da primeira Copa do Mundo. Além disso, os financiamentos das seleções não se comparam aos grandes investimentos de hoje.

Muitas das loterias esportivas foram criadas depois do ano 2000, com exceção da Loteca, criada em 1970. Com a arrecadação dessa loteria, as entidades esportivas tinham direito à 5,2% da arrecadação pelo uso de seu nome e simbolo. Só em 2001, surgiria a Lei Agnelo/Piva, que estabeleceu o repasse de 2% da arrecadação de todas as loterias federais ao Comitê Olímpico Brasileiro e ao Comitê Paraolímpico Brasileiro.

Hoje, a timemania é a loteria esportiva mais importante, criada em 2004, é repassado 22% da arrecadação aos clubes, criando condições para que os clubes quitem suas dívidas. Apesar da sua criação há 6 anos, a timemania foi regulamentada apenas em 2007.

Outra forma de financiamento dos clubes e seleção são os patrocínios, que assim como as loterias, começaram a ganhar espaço e novas leis após o ano 2000, incentivando os patrocínios. Apesar disso, a diferença entre as regras para clubes e seleção, sempre fizeram a diferença. A visibilidade e consequentemente a publicidade do patrocinador que vemos nos clubes é proibida nas seleções.

Enquanto que nos clubes vemos seus patrocinadores estampados em seus uniformes, nas Seleções as regras são outras, a FIFA (Federação Internacional de Futebol) proíbe que as camisas das seleções tenham estampa de patrocinador. Afinal, se nos clubes pode, qual a diferença nas camisas da seleção? Estética?

Hoje em dia, com a mídia, internet, enfim, os patrocinadores são vistos, mas nos anos 80, a realidade era outra. Sem visibilidade, o patrocínio é mais difícil. Claro que até 82,quando foi aprovada um lei que permitia a estampa, não se podia colocar patrocinador nas camisas, nem dos clubes. Mas se clubes ou seleção são times de futebol que disputam campeonato profissional, qual o problema?

Quando técnico da seleção, Telê Santana era patrocinado pela TV Mitsubishi, enquanto que a Seleção Brasileira tinha como patrocinador o IBC (Instituto Brasileiro do Café). Para dar visibilidade ao patrocinador, colocaram a logomarca do IBC (um ramo de café) ao lado da Taça Jules Rimet (taça que fica dentro do distintivo da seleção).

Além disso, o zagueiro da Seleção de 82, Edinho, chegou a declarar que os jogadores Éder e Serginho recebiam mil dólares para cada gol comemorado perto de uma determinada placa de publicidade. Não se pode criticar, aliás, acredito que era uma alternativa para conseguirem patrocínio.

Além do mais, com o futebol de hoje, que não chega nem aos pés dos espetáculos da Era Telê, onde temos jogadores com salários altíssimos que precisam de um patrocínio para pagar cada jogador consagrado, independente do rendimento atual, nada mais justo que os craques Éder e Serginho receberem por deixarem o patrocinador visível.

Mas alguém faltava nessa ajuda ao esporte, o governo com seus programas em prol do esporte. Se em 1982 era pouco visto, hoje em dia não mudou muito.

Há pouco mais de um mês para a Copa do Mundo na África, não vemos a movimentação de programas especiais. A única preocupação do Brasil é a Copa de 2014. Uma nação que pensa no futuro, sem dúvida. E esquece os problemas do presente.

O Governo Federal já implantou o ProCopa Turismo no Rio de Janeiro, onde oferece crédito para a construção, reforma e modernização das redes hoteleira, enquanto que os clubes fazer o impossível para arrecadar verba para manter e reformar seus estádios. O Turismo já está garantido. Os nossos atletas e nossa Seleção? Ainda vão depender dos patrocínios.